Criticamos o governo. Criticamos o vizinho. Criticamos as músicas do momento. Damos nossa opinião acerca da novela, comentamos o trabalho daquele artista e a conduta de determinado BBB (pois ela nos é jogada garganta abaixo). Falamos, opinamos, criticamos... mas será que sabemos lidar quando estas falas, opiniões e críticas voltam-se para nós ? Se a lei natural é correta (tudo o que vai, volta) deveríamos saber que quem critica, pode ser criticado. Deveríamos ... mais um futuro do pretérito na nossa lista de imperfeições.
Esta semana, em uma comunidade virtual, percebi o quão estamos (eu, obviamente, me incluo na afirmação) despreparados para lidar com uma crítica. No caso em questão, uma crítica construtiva a respeito de uma "coisa" que admirávamos, tornou-se alvo de diversas outras críticas, algumas vezes descabidas até mesmo de argumentação. É triste, mas as coisas estão em um ponto onde se eu gosto, todos precisam gostar. Se eu não concordo, ninguém mais pode concordar.
Do virtual para o real, vi que o episódio é mais comum do que eu pensava e que uma das maiores causas das confusões que estamos carecas de presenciar advém desta espécie de arrogância que não nos permite falhar e, muito menos, ser criticados por tal. Daí eu me pergunto: se uma crítica, quando bem feita, é um impulso para o crescimento, como avançar sem elas ? Sem falar que, para criticar, precisamos conhecer. Caso contrário, melhor nem abrir a boca.
Conhecer, para depois criticar e aceitar o que nos é dito para, em cima disso, melhorar. Por mais complexas que as coisas sejam, na maioria das vezes pequenas ações podem mudá-las. Críticas ? Melhor não tê-las ... mas se não as temos, como sabê-las ?
Esta semana, em uma comunidade virtual, percebi o quão estamos (eu, obviamente, me incluo na afirmação) despreparados para lidar com uma crítica. No caso em questão, uma crítica construtiva a respeito de uma "coisa" que admirávamos, tornou-se alvo de diversas outras críticas, algumas vezes descabidas até mesmo de argumentação. É triste, mas as coisas estão em um ponto onde se eu gosto, todos precisam gostar. Se eu não concordo, ninguém mais pode concordar.
Do virtual para o real, vi que o episódio é mais comum do que eu pensava e que uma das maiores causas das confusões que estamos carecas de presenciar advém desta espécie de arrogância que não nos permite falhar e, muito menos, ser criticados por tal. Daí eu me pergunto: se uma crítica, quando bem feita, é um impulso para o crescimento, como avançar sem elas ? Sem falar que, para criticar, precisamos conhecer. Caso contrário, melhor nem abrir a boca.
Conhecer, para depois criticar e aceitar o que nos é dito para, em cima disso, melhorar. Por mais complexas que as coisas sejam, na maioria das vezes pequenas ações podem mudá-las. Críticas ? Melhor não tê-las ... mas se não as temos, como sabê-las ?
5 comentários:
"É triste, mas as coisas estão em um ponto onde se eu gosto, todos precisam gostar. Se eu não concordo, ninguém mais pode concordar".
hahaha Quem criticou a MR? hehehe
Gabi, muito bom o texto. Adorei a parte do "para criticar, precisamos conhecer", pura verdade.
Um beijão!
Gabi:
Pretendia ter lido apenas um tópico, mas fui levado pelo encantamento e suavidade do teu texto (espelho da tua alma), e acabei indo até o fim da página.
Sutileza e perspicácia misturam-se de forma rara nas tuas reflexões. Ao ler teus textos, é quase possível ouvi-los, como se fosse uma conversa coloquial, como os teus inesquecíveis comentários em sala de aula, carregados daquele toque apimentado de observação.
Há pessoas "doces" e pessoas "adoçicadas". Os "adoçicados" se esforçam para transmitir uma doçura que, no fundo, bem no fundo mesmo, não é sua. Sutilezas empregadas por pessoas amargas sempre ferem ouvidos sensíveis.
Os "doces" são assim porque, de fato, o são. Não precisam se esforçar pra transmitir sua graça, seu encantamento.
Naturalmente, nem preciso dizer que você faz parte desta segunda, porém seletíiiiissima categoria.
Apenas deixo uma sugestão: embora ache criativo e singular o ângulo de tua foto no perfil, procura usar uma de rosto inteiro. Pode ser pouco original, mas privar a internet da expressividade dos teus olhos é praticamente um crime.
Beijos, colega!
http://umolharsobreaverdade.blogspot.com
Gabi, só hoje li teu comentário ao meu texto em que falei sobre as barbáries do jornalismo local. Fico feliz de ter te impulsionado em tão árdua missão. Vai fundo! E me mostra os resultados depois. Se precisar de alguém pra colocar pilha, pode contar comigo.
A propósito, está ótimo o texto sobre a crítica. Crítica pela crítica não tem sentido, se ela não tiver reflexo em quem a recebe. Se o que eu disse sobre a imprensa tiver algum efeito prático, minha revolta se justificará. SE bem que só de poder desabafar já me sinto melhor! hehe
beijão!
Infelizmente é isso mesmo! Mais uma vez a imperfeição do ser humano é exemplificada de maneira expetacular, aqui.
Criticar é fácil. Mesmo com coerência, mesmo com conhecimento. Não é difícil olhar o próximo e apontar seus defeitos. Nem dizer o que nele deve ser melhorado. Inclusive, quando o fazemos, geralmente nos valemos do discurso de que críticas construtivas nos ajudam a crescer. Mas se temos essa certeza ao criticarmos os outros, deveriamos nos apegar a ela ao sermos criticados também.
Beijos!
Bela escrita minina... Parabéns!!!
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